terça-feira, 22 de novembro de 2016

Tenho um filho adolescente, e agora?!



Como muitos de vocês devem saber a entrada na puberdade e posteriormente na adolescência traz diversas mudanças biológicas, fisiológicas e sociais. Por um lado temos o filho, aquele que está passando por um ciclo importante em seu desenvolvimento e do outro lado temos os pais, aqueles já que passaram por isso, mas precisam novamente conviver com esse ciclo. Esse ciclo não será fácil para a família pois irá suscitar em cada membro mudanças diferentes. 

A adolescência está relacionada a diversos temas, tais como, rebeldia, isolamento, autoridade, identidade, renúncia, conflitos, acordos, sexualidade, entre outros. Impossível falar de todos em um único post, por isso escolhi abordar o tema da autoridade.



Tanto para os pais quanto para o adolescente esse tema irá persistir por um tempo. Por um lado os pais querem e precisam de respeito, mas sabem que dizer “não” e não argumentar não será suficiente. E do outro lado temos o filho que vive esse ciclo confuso, no qual não é criança nem adulto,mas ainda  precisa responder às ordens dos pais.

Assim como os outros post, reforço que não há receita de bolo, mas alguns pontos que facilitam esse ciclo auxiliando os relacionamentos e assim a convivência familiar.

Nesse novo ciclo os pais precisam aprender a exercer sua autoridade de forma diferente. Castigos não serão suficientes e aceitos nessa fase. Permita-se investigar, respeitar e entender o território do seu adolescente. Os filhos precisam entender que a supervisão que os pais tem não é um controle, mas sim uma efetivação da presença parental. Digamos que seria um “estou de olho” transformado em “nós estamos com você”. A presença parental envolve o diálogo e não um monologo no qual o adolescente permanece passivo. 

Será cansativo para ambas as partes os sermões, ameças e brigas...quem ganha com isso não é mesmo?! Deixar de lado ou até mesmo se ausentar, deixando com que o filho arque com as consequências e aprenda da maneira mais difícil também não é o mais correto.

Nesse ciclo pais e filhos precisam entrar em um novo acordo e com isso novos comportamentos para assim surgir uma nova maneira de se relacionar. Partindo do ponto de vista dos pais, pensem e reflitam sobre seus medos...sejam eles relacionados diretamente aos filhos ou não. Uma vez que isso se torna claro, seu comportamento mudará e será mais fácil identificar o motivo de você agir de determinada forma.

Vou novamente deixar o link do post no qual falo da paternidade como profissão invisível, pois acredito que esta também se encaixa nesse post. 

Até a próxima,
Laura


FONTE: OMER, H. Autoridade sem violência: o resgate da voz dos pais. Editora Artesã, 2011

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