segunda-feira, 30 de maio de 2016

Como o bebê entra na barriga da mamãe?*


                                                                              

Dando continuidade ao tema da sexualidade e crianças, o texto de hoje pode auxiliar pais e/ou responsáveis a lidarem com as perguntas embaraçosas que as crianças fazem sobre sexo, tais como:“Como o bebê entra na barriga da mamãe?”; “As meninas tem pinto também?”; “Por que menino usa cueca e menina usa calcinha?”.


 Como já disse no post anterior, falar de sexo com crianças, seja ela deficiente ou não, requer sensibilidade e  maturidade. O tema deve ser conversado com seriedade, de modo a não infantilizar ou querer que a criança entenda tudo no mesmo dia. Como diz o autor Marcos Ribeiro em seu livro “ Conversando com seu filho sobre sexo”, o segredo da respostas não está somente no conteúdo da fala, mas também em como, quando falar e principalmente em quem deveria falar.

Antes de responder a pergunta, pai e/ou responsáveis devem conversar entre si. Falarem sobre suas dificuldades, quais assuntos e/ou situações os deixam constrangidos, como foi a educação sexual quando eram pequenos, entre outros. É importante que os pais “falem a mesma linguagem” e estejam abertos para conversarem quando este tema aparecer. 

Crianças perguntam tudo o que lhe vier a mente! Mas como lidar?!  Como escreve Ribeiro*, adapte as respostas à idade da criança. O  próprio filho irá sinalizar o início quando chegar com a primeira pergunta. Aja com naturalidade. É importante que a criança saiba, desde pequena, que a sexualidade de todos nós é algo natural e prazeroso e que não devemos sentir culpa ou ter vergonha de perguntar. 

Cuidado com a linguagem! Não invente nem fale palavras que não sejam habituais. Para ajudar, use primeiro a expressão comum, que seu filho usa, e depois empregue os termos científicos para ele ir se acostumando. 

 É importante responder sempre que a criança perguntar. Caso você não saiba ou não seja um lugar apropriado para tal conversa, diga que responderá depois,  mas não se esqueça de responder. Não falar sobre o assunto ou ignorar pode levar à fantasias, gerar ansiedade e curiosidade precoce. Além disso, seu filho perceberá que entrou num espaço delicado, que o assunto não é visto com naturalidade, mas como feio e sujo.  

Não fiquem preocupados em dar a melhor resposta ou querer que seu filho entenda tudo. O mais importante é que seu filho perceba que é possível conversar sobre sexo com vocês. Quando surgir outra dúvida, com certeza ele irá procurá-los. 

*FONTE: RIBEIRO, M. Conversando com seu filho sobre sexo. São Paulo: Editora Academia de Inteligência, 2009. 

Até a próxima,
Laura

Foto: Pascal Campion

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